Profissional cria estratégias para minimizar danos de imagem, promove treinamento de porta-vozes e se responsabiliza por contatos com a mídia, entre outras funções.

A reputação é um dos bens mais valiosos de uma empresa ou instituição e, quando ela é ameaçada, é necessário tomar providências rápidas e enérgicas para que o problema não ganhe dimensões ainda maiores.

Em tempos de fake news, amplificadas pelas redes sociais, em pouco tempo uma notícia falsa pode se alastrar, causando muito prejuízo. E, mesmo quando as informações desfavoráveis são verdadeiras, é preciso lidar com o problema imediatamente para que a imagem de uma empresa não fique para sempre comprometida.

Nesses momentos delicados, o trabalho de um assessor de imprensa especializado em gestão de crises é essencial. Ele entrará em cena para minimizar danos, criando estratégias personalizadas para cada empresa, dependendo do que ela enfrenta.

Gestão de crise em diferentes frentes

Um dos primeiros passos do trabalho do assessor especializado em gestão de crises é fazer um mergulho no problema que veio à tona e identificar se ele ainda tem potencial de crescimento. Caso ainda existam questões sensíveis que podem ser exploradas pela mídia ou nas redes sociais, o profissional irá se antecipar, mostrar ao cliente os possíveis cenários.

Ele também vai prepará-lo para dar uma resposta eficiente e transparente à sociedade. O profissional poderá elencar mensagens-chave, que demonstrem a preocupação da empresa em resolver a crise prontamente e, sobretudo, evitar que episódios

semelhantes voltem a ocorrer. Além disso, irá gerenciar toda a comunicação da empresa com o público, escolhendo os canais mais apropriados, fará a interface com a mídia, podendo, por exemplo, elaborar notas para a imprensa e comunicados oficiais.

Contar com o auxílio de um assessor de imprensa ajudará também a empresa a passar maior credibilidade em suas respostas e a evitar ruídos na comunicação. A assessoria criará um fluxo de informações constantes para evitar que novos rumores ganhem espaço.

Recuperação da reputação

O trabalho do assessor não termina com o fim da crise. Depois que ela for contornada, ele agirá para recuperar a reputação da empresa. Nessa etapa, ele irá divulgar atualizações sobre as mudanças de postura adotadas e reforçar junto ao público a postura pró-ativa da empresa, lembrando que ela está preparada para evitar que episódios semelhantes ocorram.

Duas crises, dois encaminhamentos

Um exemplo ilustrativo foi o caso da rede Riachuelo, envolvida em uma polêmica que manchou sua reputação e provocou alarde nas redes sociais. Na sua coleção de roupas, a marca lançou um conjunto de calça e blusa com listras e cores idênticas aos uniformes que os judeus eram obrigados a usar em campos de concentração.

Foi, inegavelmente, uma escolha muito infeliz. Não houve ninguém dentro do time da empresa capaz de alertar que as vestimentas causariam revolta. Com a crise instalada, foi preciso tomar atitudes que demonstrassem o equívoco e reforçassem o posicionamento antinazista, com uma comunicação assertiva e eficaz.

A marca optou por emitir um comunicado reconhecendo e lamentando o erro. E, imediatamente, recolheu todas as peças das lojas. Em casos como esse, um jornalista especializado em gerir crises exerce um papel fundamental.

Maria Filó: exemplo da necessidade de estratégia em tempos de crise

Uma outra grife de roupas passou por uma crise semelhante em 2016, mas o desfecho foi distinto. A Maria Filó estampou algumas peças com figuras de pessoas escravizadas, provocando polêmica. Sem uma gestão de crise eficaz, a marca minimizou o erro, alegando que havia se inspirado em uma gravura de Jean-Baptiste Debret.

Mas, poucos dias depois, uma pesquisadora aumentou ainda mais a polêmica, demonstrando que a imagem, supostamente fonte de inspiração, não era de Debret, e sim de autoria de Johann Moritz Rugendas.

Ainda por cima, a pesquisadora afirmou que a imagem havia sido alterada. A cena original retratava duas mulheres negras, uma sentada e outra em pé, mas foi modificada, dando lugar a uma mulher branca, dando a impressão de que a outra a servia, reforçando ainda mais o preconceito.

Em situações como a da marca Maria Filó, parte da estratégia adequada de gestão de crise está em assumir o erro de forma contundente e buscar formas de remediar a situação com os atingidos.

Não se posicionar também é uma forma de posicionamento.

Na Dona Comunicação, cada cliente recebe atendimento personalizado. Somos uma agência com uma equipe especializada na gestão de mídias sociais, assessoria de imprensa, media training e com vasta experiência em gestão de crise. Focamos sempre no melhor resultado.

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